
Após os atentados terroristas à Maratona de Boston, em 2013, um grupo formado pelo sargento da polícia Tommy Saunders (Mark Wahlberg), o agente especial do FBI Richard Deslauries (Kevin Bacon), o comissário da polícia Ed Davis (John Goodman), o sargento Jeffrey Pugliese (J.K. Simmons), entre outros, unem-se aos sobreviventes do ataque em Massachussets para identificar e capturar os responsáveis pela tragédia que matou três inocentes e feriu mais de 260 antes que os criminosos pudessem fazer novas vítimas. O longa, que é uma nova parceria do diretor Peter Berg com Wahlberg, depois de “O Grande Herói” (2013) e “Horizonte Profundo: Desastre no Golfo” (2016), é praticamente um registro semidocumental em torno do ataque com duas bombas caseiras ocorrido no dia 15 de abril daquele ano. O ponto positivo é que esse ar de documentário se perde já nas primeiras cenas, quando personagens são apresentados antes da corrida e a tensão já se inicia meio que instantaneamente. Com um roteiro didático, e ao mesmo tempo dinâmico, a caçada aos culpados pelas explosões, os irmãos Dzhokhar Tsarnaev e Tamerlan Tsarnaev, não é nada monótona nem tampouco melodramática, trazendo emoção nos momentos certos.
E é claro que, por ser uma produção baseada em uma história real, tudo fica mais crédulo, empolgante, envolvente. A sensação que tenho, na hora em que estou assistindo a esse tipo de filme, é de completo envolvimento. E a vontade que dá é de ali mesmo, dentro do cinema, já pegar o celular, dar um Google e buscar mais informações sobre aquilo tudo. Mas os olhos não conseguem sair da telona – e ninguém quer incomodar os outros com o brilho incomodante da telinha. Se no filme a gente vê a luta do amor contra o ódio, e até acredita em tudo isso, não dá pra alimentar esse embate em nosso convívio, abaixar a cabeça e ficar omisso. Legal mesmo é ser da paz, da turma do “deixa disso”!