Escrito por Pete Docter, Meg LeFauve e Josh Cooley, o filme gira em torno da mente da garotinha Riley, tendo como protagonistas as cinco emoções responsáveis por conduzir sua vida: Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho. Os temperamentos de cada uma são desenhados perfeitamente por meio de cores diferentes, atitudes particulares, personalidades exatas. É difícil entender a história com essa explicação, principalmente porque esses personagens são sentimentos abstratos.
Quando a pré-adolescente sai do eixo – momento em que Alegria e Tristeza se metem em apuros –, tudo na cabeça dela começa a desmoronar. E você não se cansa de se questionar: já pensou se fosse realmente assim na nossa mente? É essa brincadeira que faz o roteiro ser tão encantador. O fato de você conseguir “enxergar”, por meio das ideias do megaestúdio, como seria o mecanismo fantástico de sua mente é algo tão formidável que você assiste ao filme com um sorriso no rosto o tempo todo. Já imaginou ver como suas lembranças são guardadas, em quais categorias estão suas memórias, como um sonho seu é desenvolvido ou até mesmo a imagem correta de seu amigo imaginário da infância? “Divertida Mente” te mostra tudo isso.
É claro que, como todo filminho, tem uma bela e azul lição de moral. Não sei se você carrega esse mantra com você, mas, se não, é bom começar a percebê-lo. É que tem um célebre ditado que diz: se a vida te der limões, faça uma limonada. Assim como a cabeça de Riley, a sua também borbulha diariamente, caminha desenfreadamente, busca o óleo perfeito para que a engrenagem funcione perfeitamente. Se um parafuso sair do lugar ou a tristeza insistir em aparecer, supere, trabalhe, se envolva; a alegria está logo ali. Às vezes, é nos momentos difíceis que percebemos que até a tristeza é importante para aprendermos, renovarmos e atingirmos a tão sonhada alegria. É difícil começar tudo do zero, mas a prática de fazer o suco é o nosso melhor aprendizado. O preparo da limonada da vida é a nossa melhor escola. Basta usar o doce açúcar da nossa cachola.